sábado, 22 de dezembro de 2012

No âmago

O âmago da mulher jamais pede violência e agressão. A vontade está dentro latente, a espera do toque suavemente profundo do homem.
O desejo da mulher não almeja ser arrancado ou invadido. Ao homem lhe revelada a delicada do gesto sutileza que o ascende à superfície.
O homem sensível percebe os dizeres da mulher nos poros da pele, no cheiro da pele, na dança das línguas, no enlevo da respiração, na cadência intrínseca das almas unidas. Então, a mulher lhe secreta o seu deleite. E o homem penetra a expressão do amor nas entranhas da mulher. E ela o inunda com a substância da sua vida. Existe encanto de intensidade mais silenciosamente bela do que a junção dos sexos eternizadas no além das chamas ardentes do gozo?
Fonte

domingo, 4 de novembro de 2012

Quando as máscaras estão vestidas

Quando eu penso a vida assim como o ineditismo de uma epifania...
Como se estivesse a ponto de descobrir algo libertador.
Como se permitisse libertar o pensamento de qualquer censura e deixasse o fluxo percorrer o caminho livremente, até que se tornasse alguma forma sem julgamentos de estilo ou qualidade, sem ter que ser belo ou feio, certo ou errado.
Como se pudesse só ser e não ter que fazer parecer ser, não ter que vestir uma máscara e agir de acordo com aquela feição estanque.
Como se não perdesse as nuances do que se sente e as deixasse ir e vir.
Como se os nossos sentimentos tivessem um salvo-conduto universal.
Como se a eles fosse permitida a passagem onde, como, quando quisessem, sem revistas, sem deportação. Que eles possam atravessar as fronteiras imaginárias sem serem barrados por serem demais em qualquer ângulo, por serem alegres demais, tristes demais, doloridos ao extremo, insuportavelmente excitados.
Quando as máscaras estão vestidas, é como se quem as veste devesse agir dentro de uma normalidade insuspeita, inclusive, uma não agressão amórfica, apática.
Quando as máscaras estão vestidas, é como se tivesse que ser aquilo que não se é por uma questão de civilidade, de beleza aparente.
Quando as máscaras estão vestidas, o humano deixa de ser humano e torna-se qualquer coisa distante dele mesmo. Um boneco, talvez.

Fonte: Zennbell

domingo, 12 de agosto de 2012

A essência

Fonte: Uol

Eu senti que era hora de chegar naquele lugar, abandonar todas as fraquezas que me faziam oscilar e mergulhar, um mergulho profundo naquelas águas geladas que corriam tão alvoroçadas, tão cheias de si. Eu precisava sentir o poder daquelas águas, o calor da terra, andar descalça em graveto, ver o o chão brilhar. Eu precisava daquelas pedras, daquele lugar, da Natureza no seu íntimo. Eu precisava me conectar, voltar para onde eu vim. Eu precisava voltar, encontrar o selvagem e me acalentar.


quinta-feira, 28 de junho de 2012

É só com AMOR

De Shikhei Goh

Para se criar uma consciência ecológica, é preciso falar de Amor, ensinar Amor, dar Amor. Como podemos cuidar da Natureza se não cuidamos de nós mesmos, não amamos o nosso conjunto, o nosso corpo, a nossa mente e a nossa alma?
Quando entendermos que a Felicidade individual, coletiva e planetária está na semente do Amor, então, poderemos evoluir, então, iremos progredir e transformar o peso das nossas mágoas, dos ódios que recebemos e que não eram nossos em Leveza, em Harmonia, em AMOR.
Quando pudermos olhar, bem no fundo, nos nossos olhos, e virmos o brilho da nossa alma imaculada, poderemos olhar, bem no fundo, nos olhos do mundo, sem receio, e descobrir o brilho das almas imaculadas que, ainda cobertas de dúvidas e medos, como a nossa, persistem na vitória da PAZ.
Só quando liberarmos e limparmos a comunicação da nossa alma com nós mesmos, liberaremos e limparemos a comunicação com outras almas, principalmente com a NATUREZA. E sentiremos a imensidão de CUIDAR, de CURAR.
É só com AMOR.


domingo, 17 de junho de 2012

Healing is making whole

"Healing is making whole, is allowing our psyche to bring wholeness to our being.", Marion Woodman.


sábado, 7 de abril de 2012

A Menina e a Figueira

Abrir os olhos, encarar a vida e ser realmente feliz.
Cuidar mais de mim, me amar e amar o outro acima de tudo. Estar tranquila. 
Ter Fé!
A Fé em viver, a Fé ao ouvir o silêncio de uma Figueira com mais de 500 anos, a sabedoria desta Figueira, minha amiga, minha irmã, minha acolhida protetora.

De Blog Olhares
...

A Figueira sempre esteve lá. Havia um balanço; doze anos depois já não tinha. E a Figueira parecia lentamente maior.
A Menina tentou subir na Figueira. Afinal, ela sempre gostou de subir nas árvores, ver o campo mais de cima, mais perto do céu.
A luz dourada do cair do dia fazia com que o reencontro da Menina com a Figueira fosse mais leve, mais nostálgico.
A Menina estava com o ar de nostalgia e, por isso, foi ter com a Figueira. Ela sabia que encontraria o simples necessário.
Procurou de várias formas subir na Figueira.
Ela não chegou como sempre chegava: afoita, querendo ir direto ao topo. Não, desta vez e pelo passar dos anos talvez, a Menina foi se aproximando da árvore com carinho, com a lembrança da ternura que aquele tronco, aqueles galhos e aquelas raízes, todos imensos e fortes, remetiam a ela.
Ela precisava conversar com a Figueira. Sabia disso.
Procurou subir, conseguiu atingir um patamar um pouco mais elevado. Viu uma espécie de toca, de gruta no tronco. Lembrou-se do Jequitibá que havia entrado há poucas semanas. Lembrou-se das raízes das árvores.
Ela não conseguiu ir mais acima e resolveu descer, sentou em uma das raízes e ficou olhando o horizonte, sentindo o sol tênue e dourado no seu rosto.
Chorou, a Menina sentia saudades, sentia necessidade da Natureza, sentia falta da pureza, da simplicidade.
De repente, ouviu chamarem o seu nome. Era sua amiga, amiga de longa data, dona da casa, quem a havia apresentado a Figueira.
A Menina foi falar com ela. Ela disse simplesmente: "sabia que estava aqui". Abraçaram-se. A Menina disse a outra que queria subir, mas não tinha conseguido. A amiga lhe disse: "por que não tenta por esse galho?"
A Menina olhou o galho que era como um tronco cujo fim ficava paralelo ao chão. Ela deu um salto e seguiu o galho até um ponto no qual ela ficava em uma altura que lhe era agradável. A Menina não ousou ir mais, apesar de querer. Estava com um vestido longo que dificultava a escalada e não quis se arriscar mais. A amiga a deixou, e a Menina ficou sentada no galho, olhando o sol no horizonte e ouvindo o que aquela árvore centenária lhe dizia.
A Figueira bastante carinhosa lhe falou sobre valores da Natureza, de como a paciência tem a ver com solidez e enraizamento. Quando a brisa do vento passou, ela entendeu o que era ser forte. A árvore lhe disse que era preciso saber escutar o silêncio, que a Menina poderia contar com ela sempre, pois estavam juntas há bastante tempo. A Menina sentiu que podia ficar por bastante tempo naquele galho. Imaginou-se como um índio que sentaria no galho e veria a variação do dia e da noite e entenderia um pouco sobre o silêncio e a paciência. Talvez a Menina tivesse escutado mais, serenasse mais, ainda que estivesse mais calma e serena.  
Chegou o momento da menina ir. Ela agradeceu à Figueira, a Deus por aquele instante. De certa forma, essa relação a retornava à sua essência de bicho, de mato, de pé-no-chão na Natureza. Ela inspirou profundamente e pediu ao seu mentor que a orientasse na descida. Lembrou-se do que um amigo já havia a ensinado: "esteja sempre com três apoios, quando for tirar um, certifique-se de que estás com pelo menos três apoios firmes". E, assim, foi descendo daquela linda e sábia Figueira, ouvindo as últimas palavras: "volte sempre".

domingo, 4 de março de 2012

O homem e a mulher se unem...

Por um bem-estar, um bem-querer, uma troca de carinho silenciosa, um observar com acuidade o tempo do outro.
Por uma entrega, um desnudamento, um beijo doce, um toque suave, sutil.
Por tudo o que significa o verdadeiro encontro de almas, um alento, uma sensação de verdade, de que é certo, de que o amor sereno é possível; de que é possível amar e ser amada com compreensão, com entrega, com a construção de um vínculo forte e afetivo.
O homem e a mulher se unem porque são seres humanos, porque querem compartilhar do nobre sentimento.
O homem e a mulher se unem porque afina a sintonia, porque olham-se nos olhos e dialogam com suas almas.
O homem e a mulher se unem porque não há nada mais sublime do que a delicadeza da união entre o homem e a mulher.
O homem e a mulher se unem porque o amor os uniu. Eles se unem para se amar uma vida inteira e além dela.